NOTA PÚBLICA DE ESCLARECIMENTO
Está sendo vinculado de forma indevida e não autorizada a imagem do Grupo Surgical em conjunto com um candidato político.
A imagem de qualquer cidadão não pode ser divulgada por nenhuma forma ou mecanismo, impresso ou digital, sem a sua autorização. Isso é consequência dos chamados direitos da personalidade, direitos que atingem indistintamente todas as pessoas. ‘’São invioláveis (...) a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação’’ - Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso X.
Nos dias atuais, diante do amplo acesso da população às mídias digitais e redes sociais, onde fotos são veiculadas e copiadas com facilidade, é possível que qualquer cidadão possa ter acesso à imagem de outrem e fazer uso indevido dela. Não é porque está ali disponível na rede mundial de computadores que esta imagem possa ser utilizada. Assim, nesta situação incide a regra geral do código civil que diz que a imagem é inviolável, não podendo ser copiada, replicada, enviada ou salva sem que o envolvido lhe permita autorização. Nest sentido, tais direitos são absolutos, ilimitados, imprescritíveis, vitalícios e impenhoráveis.
O GRUPO SURGICAL é um grupo idôneo formado por médicos que em primeira instância está focado em tratar seus pacientes com excelência e portanto a opinião política de cada um de seus integrantes nunca foi e nunca será foco de discussão.
Solicitamos aos colegas e pacientes que por favor compreendam que o uso indevido da imagem do grupo não foi de autoria do mesmo, nem de qualquer fonte relacionável ao próprio grupo. Medidas corretoras estão em andamento e esperamos resolução imediata.
Período pré-operatório é aquele que decorre desde o diagnóstico cirúrgico da doença em questão até a data da realização do procedimento indicado. Este momento se demonstra tão importante quanto o próprio ato operatório, pois determina um conjunto de procedimentos e ações que visam expandir a margem de segurança da cirurgia à ser realizada avaliando as condições clínicas do paciente e seus riscos. É nesta fase inicial que o paciente e cirurgião devem conversar bastante afim de que o paciente entenda muito bem sua doença e perspectivas futuras após o tratamento cirúrgico de forma que com confiança e afinidade todo tratamento seja bem sucedido. O período pré-operatório consiste enfim, na realização da história clínica detalhada, exame físico, solicitação dos exames complementares necessários e eventuais avaliações de especialistas (Tabela 1).
Tabela 1 - Objetivos da avaliação pré-operatória |
Preparo do paciente para o procedimento cirúrgico |
Detectar as doenças pré-existentes ou subclínicas |
Identificar fatores que possam comprometer a cirurgia |
Definir a melhor estratégia técnica para o caso em questão |
Minimizar os riscos e valorizar a segurança do paciente durante e após o ato operatório |
Tabela 2 - Fatores de risco comuns para procedimentos cirúrgicos em geral |
Idade (maior de 70 anos) |
Doenças pré-existentes associadas |
Baixa reserva funcional |
Tempo anestésico (maior de 240 minutos) |
Tipo de cirurgia (eletiva ou urgência/emergência) |
Extensão da cirurgia |
Perda sanguínea (maior que 1500ml) |
A história clínica se dá através do detalhamento médico de toda evolução da doença atual, das queixas do paciente, doenças pré-existentes, uso de medicamentos, alergias, cirurgias prévias, uso de álcool, cigarros ou drogas.
O exame físico, além de ser direcionado à patologia de base, deve ser estendido a todos os sistemas, a fim de identificar outras patologias ou co-morbidades ainda não diagnosticadas.
Os exames complementares dependem da cirurgia proposta, história, exame físico e das doenças associadas. São solicitados para auxiliar o diagnóstico da doença de tratamento cirúrgico e avaliar alguma outra doença associada. A princípio, não é necessário solicitar nenhum exame para um paciente saudável e sem uso de medicações abaixo de 40 anos. Os exames de sangue, como hemograma, eletrólitos, função renal e glicemia, devem ser solicitados para pacientes que tenham doenças como hipertensão, diabetes, insuficiência renal ou cardíaca ou fazem uso de medicações. Eletrocardiograma é indicado somente para pacientes acima de 40 anos, ou conforme as indicações clínicas. A radiografia de tórax pode ser solicitada para todos pacientes acima de 50 anos ou conforme indicação clínica.
O jejum pré-operatório depende do tipo de cirurgia e anestesia a serem realizadas. Toda cirurgia geral deve ter ao menos 8 horas de jejum absoluto (incluindo líquidos), a fim de evitar estimulo a secreção gástrica e o risco de broncoaspiração. Para os bloqueios tipo raquianestesia ou peridural, pelo risco de conversão para a anestesia geral durante o procedimento, também se faz necessário o mesmo período de jejum. Para os pacientes obesos, gestantes ou com grandes tumores abdominais, esse período pode ser estendido para 12 horas à definir caso a caso.
Quanto as medicações de uso habitual, somente algumas devem ser suspensas (ver tabela 3), os restantes devem ser mantidos até o dia da operação conforme orientação do seu cirurgião.
Tabela 3 – Medicamentos que devem ser suspensos | |
Medicamento | Tempo de Suspensão |
Anticoagulantes orais (Marevan, Warfarina) | Deve ser substituído por heparina ou similar 5 dias antes da cirurgia |
Anti-agregantes plaquetários (AAS, Clopidogrel) | 7 dias antes antes da cirurgia |
Antidepressivos | 3 dias antes da cirurgia |
Hipoglicemiantes orais (Glibenclamida) | 1 dia antes da cirurgia |
O ideal é que álcool e tabagismo seja evitado nas 8 semanas que antecedem o procedimento cirúrgico.
A higiene no dia da cirurgia deve ser realizada através do banho com soluções antissépticas. A tricotomia (retirada dos pelos) deve ser através da aparação dos pelos apenas na área da incisão, no mesmo dia da cirurgia, ou idealmente, na sala cirúrgica.
O preparo do colón pode ser realizado apenas naqueles pacientes que terão sua intervenção no próprio colón ou tumores abdominais, que possam exigir sua manipulação. Os pacientes constipados (principalmente idosos) podem ter seu colón esvaziado a fim de se evitar o fecaloma (impactação fecal) no pós-operatório.
O cateterismo (sondagem) vesical deve ser realizado nos procedimentos sobre o sistema urológicos, cirurgias de grande porte, com grande potencial de sangramento, longas, ou quando há a necessidade de se controlar a diurese (controle da perfusão tecidual) e é realizado somente quando o paciente já esta anestesiado na própria sala cirúrgica, podendo ou não ser deixada no pós-operatório por mais alguns dias, dependendo do caso.
Frequentemente pode ser oferecido um leve sedativo, por via oral, 30 minutos antes da cirurgia, afim de diminuir o grau de ansiedade por parte do paciente.
Com objetivo de evitar transtornos na data da cirurgia chegue pontualmente no horário proposto ao hospital, traga um acompanhante maior de idade e não esqueça de levar todos os exames realizados no período pré-operatório assim como a meia elástica e cinta abdominal quando solicitado por seu médico (Figuras 1 e 2).
Figura 1 – Meia elástica de média compressão
Figura 2 – Cinta abdominal pós-cirúrgica
Fonte: Grupo Surgical